Aldeia Aquática Xitang
localização: Vila de Xitang, Concelho de Jiashan, Província de Zhejiang, China
Razões para visitar: Uma das seis vilas aquáticas mais famosas da China
A nossa classificação: ★★★★
Horário de funcionamento:
8h00–16h30 (novembro a fevereiro)
8h00–17h00 (março a outubro)
A Aldeia Aquática de Xitang é uma antiga vila preservada, situada no concelho de Jiashan, província de Zhejiang, perto de Hangzhou e Xangai, com acesso fácil. A partir de Xangai ou Hangzhou, o autocarro leva apenas 90 minutos; se optar pelo comboio até Jiashan, a viagem é ainda mais curta. Xitang é famosa pelos seus três traços distintivos: numerosas pontes, ruelas estreitas e os corredores cobertos. Com 1 300 metros de extensão, o corredor coberto de Xitang constitui uma paisagem única na vila.
Nove rios atravessam a vila, dividindo-a em oito partes, onde pontes de pedra, ruas tranquilas e passagens cobertas se espalham por todo o território. Muitas pontes antigas unem esta aldeia aquática — antigamente chamada de “Nove Dragões Guardando a Pérola” e “Oito Ventos”. As pontes de Xitang remontam às dinastias Ming e Qing, e a maior parte dos edifícios da vila também data desses períodos.

A vila conserva um vasto conjunto de edifícios das dinastias Ming e Qing, dotados de elevado valor artístico e académico, pelo que despertam grande atenção entre especialistas nacionais e internacionais em arquitetura antiga. Visto do alto, o núcleo histórico parece uma onda verde: cada habitação beira a água. Ao amanhecer, o riacho murmura sob as pontes, a névoa flutua como seda, as paredes rosadas erguem-se altas nas margens e os telhados de telha se espelham na superfície líquida. Ao entardecer, o sol poente tingirá tudo de dourado; canções ecoam dos barcos de pesca, luzes tremulam e o aroma do vinho percorre as ruas. A antiga cidade transforma-se então em poema e quadro vivo.
Nesta vila, sente-se como se estivesse no paraíso terrestre: não se sabe se são as pessoas que habitam a pintura, ou se é a pintura que vive no coração de cada um.

Pontos imperdíveis em Xitang
Museu dos Botões
Considerada o berço dos botões da China, Xitang abriga cerca de 500 fabricantes que produzem anualmente 1 mil milhões de peças — 50 % do volume nacional. O Museu dos Botões, situado na Rua Oeste, expõe mais de mil botões desde a dinastia Han.
No Museu dos Botões de Xitang, um mestre-artesão explica ao vivo como nasceu o primeiro botão profissional da China: o botão de concha. As abundantes conchas recolhidas nos rios e lagos da região serviam de matéria-prima. Em tempos idos, os pequenos “botões-céu” das camisas eram confeccionados com búzios, que se encontravam em grande quantidade ao sul do rio Yangtze. O processo incluía cortar, polir, furar, branquear e remodelar cada concha. A maioria das máquinas era movida exclusivamente pelos pés dos operários – trabalho puro de força física.

O Jardim Ocidental (Xi Yuan)
O Jardim Ocidental (Xi Yuan) era, originalmente, o jardim privado da influente família Zhu durante a dinastia Ming, onde pavilhões, rochas ornamentais e lagos de carpas se entrelaçavam, formando um dos recantos mais elegantes da antiga vila aquática de Xitang. No início da República, o poeta Liu Yazi, de Wujiang, reunia-se aqui com amigos literatos da vila, como Chen Chaonan, para recitar poemas e registar momentos em fotografias. Hoje, o espaço alberga o Museu de Caligrafia de Zhu Nianci, o Museu da Prata e a Sala de Exposição Nanshe, permitindo ao visitante percorrer antigas alcovas de tijolo e madeira enquanto revive a fragrância da poesia e os sonhos da água de outrora.

Museu de Arte da Escultura em Raiz – Mestre Zhang Zheng
Xitang é uma terra de tesouros. Zhang Zheng, escultor de arte em raiz, nasceu em Hangzhou em 1958. Em 1999, mudou-se para Xitang e estabeleceu o seu ateliê. As obras do mestre Zhang são extraordinárias: mais de 500 peças de grande dimensão constam do Guinness World Records.
O Jardim Zuizui (Jardim Embriagante) foi fundado durante a dinastia Ming. Ao percorrê-lo, o visitante depara-se com delicadas montanhas-artificiais que se espelham na lagoa, com galerias serpenteantes e com bambus densos e verdejantes: uma paisagem que, de facto, embriaga os sentidos. No salão principal do Pavilhão Yixiang estão expostas xilogravuras que retratam o quotidiano da vila aquática; estas obras revelam a rica identidade cultural das famílias comuns de Xitang.

Passeio pela vila aquática pictórica
As águas do canal não apenas irrigam a terra de Xitang, como também alimentam o seu rico património cultural. Ao longo das margens, chá-casas, tabernárias, lojas de artesanato e pequenos restaurantes escondidos em vielas estreitas revelam a singular identidade local. Barcos que se balançam deslizam sob a imponente ponte Huanxiu, cujas laterais estão repletas de bancas de petiscos regionais — bolos doces, carnes vaporizadas e outras iguarias — que despertam os sentidos. Pelas ruelas compridas, é comum cruzar-se com visitantes vestidos de hanfu, o traje tradicional da dinastia Han, eternizando memórias da antiga cidade em fotografias.
Desfrute da noite em Xitang
Quando a noite cai, a vila aquática ganha um encanto ainda maior: as luzes das casas e das embarcações dançam na superfície do rio, criando reflexos deslumbrantes. Um passeio de barco é a melhor forma de apreciar a serenidade e a magia luminosa de Xitang. Também pode percorrer as pontes e ruelas, sentindo o quotidiano dos habitantes enquanto a brisa carrega aromas de comida e murmúrios de conversas.

Saboreie a serenidade da aldeia aquática de Xitang.
Quando atravessas as pontes de pedra, o teu olhar desliza sobre as águas profundas e sobre o panorama milenar que se desenrola à beira-rio. Sob a ponte, o corredor coberto estende-se em contínua ondulação; por baixo dele, transeuntes vêm e vão sem pressa. Nem sol nem chuva te atrapalham: podes deter-te a qualquer momento para contemplar a paisagem. Quando o cansaço chegar, basta deixar-te cair num banco comprido, observar os barcos que deslizam lentamente e fixar os sobrados da dinastia Ming e Qing que se espelham na água. É assim que se respira a poesia e a arte do sul do Yangtze. A antiga e encantadora Xitang repousa serena junto ao canal, como uma elegante pintura de tinta-da-china sobre o rio cintilante.

Passeando pelo corredor
Em Xitang há um ditado antigo: “Há três boas obras na vida: construir pontes, abrir caminhos e erguer ruas com teto.” Na região ao sul do rio Yangtze, as chuvas são frequentes. Para facilitar a vida dos transeuntes, todos os comerciantes, grandes ou pequenos, ergueram ao longo da rua um teto contínuo que abriga do sol e da chuva. Esta arquitetura humanizada reflete, com vivacidade, a essência da cultura tradicional chinesa.
Contudo, os primeiros toldos variavam em comprimento e estilo, resultando num conjunto pouco harmonioso e pouco prático. Na década de 1990, quando se iniciou a valorização turística da zona antiga de Xitang, o governo promoveu um plano unificado para os alpendres das ruas. Com base na estrutura original, procedeu-se a sucessivas reparações, ligações e prolongamentos, transformando os telhados num corredor contínuo que se perde na névoa das chuvas — tornando-se um dos cartões-postais mais encantadores da vila antiga.

Como chegar à vila aquática de Xitang
Xitang situa-se no distrito de Jiashan, município de Jiaxing, província de Zhejiang, e goza de excelentes acessos. Em geral, os visitantes deslocam-se primeiro a Xangai ou Hangzhou e, dali, prosseguem para Xitang.
Partindo de Xangai
• apanhar o autocarro directo na Estação Rodoviária Sul de Xangai (Shanghai Nan) ou na Estação Rodoviária Central de Xangai (Shanghai Long-Distance Bus Station).

Partindo de Hangzhou
• apanhar o autocarro directo na Estação Rodoviária Jiabao de Hangzhou (Hangzhou Jiabao Bus Station).
Recomenda-se reservar pelo menos um dia inteiro para desfrutar da vila aquática.
Informações úteis
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